sábado, 30 de junho de 2007

Esta...



Tilia tomentosa . Lisboa (Rua Marquês de Fronteira)

Se eu tivesse mesmo que escolher uma única árvore .... Provavelmente escolhia esta.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

O estado da arte

Hamish Fulton Bird Rock / Fifty One, 1983 . Colecção Berardo

A Oliveira Salazar coube-lhe em sorte Caloustre Gulbenkian. A José Sócrates saiu-lhe Joe Berardo. A arte e a cultura não tem culpa, nem de um, nem de outro...
Tomas Vasques (aqui)


Eu cá só gostava é que o homenzinho estivesse calado, é que aquilo (das bandeiras, fundação, Benfica e sei lá mais o quê...) à hora do jantar não cai nada bem.
Para ver filmes com ogres bonzinhos sempre prefiro o Shrek.

Agora a sério. Vale a pena ler tudo o que o Alexandre Pomar tem a dizer sobre a colecção.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Acabou


Jacaranda mimosaefolia . Lisboa Parque Eduardo VII

O florir dos Jacarandás, para o ano há mais.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Quase de férias e janelas

Foto . Jaime Silva . Janelas de Lisboa
É mais ou menos assim que eu me estou a sentir neste momento, com falta de espaço... Farta da cidade e das suas paredes... Valem-me as janelas, sem elas a vida nas cidades seria um Inferno.

domingo, 24 de junho de 2007

Jardins Abandonados

Parque Eduardo VII - Alameda central

E desta vez não é uma montagem, o relvado da alameda central do Parque Eduardo VII está de tal forma abandonado que de alguns ângulos podemos mesmo vislumbrar o prado que eu tanto gostaria de ver no local.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Árvores de ver


Tipuana tipu . Jardim das Amoreiras .Lisboa
Existem árvores para cheirar, árvores para abraçar, árvores para florir, árvores para salvar, árvores que só têm interesse em certas alturas do ano,... Em Lisboa existem 5 Tipuanas que gosto de ver todos os dias.
3 e 4 . Campo de Ourique (igreja)
5. Jardim das Amoreiras

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Dois Anos

Gardénia caprichosa (R.)


Esta foi uma das fotografias que eu coloquei aqui no blog de cheiros no seu primeiro dia de existência, faz hoje exactamente dois anos. Era uma perfumadíssima Gardénia de uma planta muito especial para mim que não floria há cinco anos e que eu tentava recuperar. Tinham-me oferecido uma máquina digital há pouco tempo e convenci-me que a imagem era uma fantástica ferramenta de jardinagem, para uma jardineira sonhadora, ignorante e muito inexperiente que tinha acabado de se tornar responsável por um jardim muito querido mas que até então tinha sido só para desfrutar.

A minha ideia era muito simples, fazer um caderno de apontamentos (dos que não estão sempre perdidos quando são necessários) em que identificaria todas as plantas do jardim e recolheria informação sobre a forma de as cuidar. Parecia simples a tarefa, afinal não eram assim tantas as plantas do meu jardim. Mas eis senão quando me começam a surgir em todas as frentes, flores, árvores, frutos, ervas, insectos, cores, sombras, dúvidas, indignações... Que eu nunca tinha visto mas que tinha (vá-se lá saber porquê) de conhecer. Já lá vão dois anos e a Gardénia não voltou a florir, talvez um dia eu compreenda o que lhe faz falta..

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Rainha do Olhar



Rainha do Olhar. a primeira Rosa concebida no Jardim do Lugar do Olhar Feliz



A large rose-tree stood near the entrance of the garden: the roses growing on it were white, but there were three gardeners at it, busily painting them red. Alice thought this a very curious thing, and she went nearer to watch them,
(...)

“Would you tell me, please,” said Alice, a little timidly, “why you are painting those roses?”
Five and Seven said nothing, but looked at Two. Two began, in a low voice, “Why, the fact is, you see, Miss, this here ought to have been a red rose-tree, and we put a white one in by mistake; and, if the Queen was to find it out, we should all have our heads cut off, you know. So you see, Miss, we’re doing out best, afore she comes, to—" At this moment, Five, who had been anxiously looking across the garden, called out, “The Queen! The Queen!” and the three gardeners instantly threw themselves flat upon their faces. There was a sound of many footsteps, and Alice looked round, eager to see the Queen.

Lewis Carrol . Alice in Wonderland
Texto em Português aqui

Identificar Flores Silvestres


Daucus carota L. - Cenoura-brava, Erva-salsa


É o meu passatempo preferido, algumas pessoas vêem televisão, outras fazem palavras cruzadas, outras ainda dedicam-se a tarefas manuais fazem renda, desenham.... Eu, quando não posso pôr as mãos na terra, identifico flores silvestres e encaro esta tarefa (inútil) como um enorme desafio, o resultado é exactamente o mesmo do das outras actividades de que falei, relaxa, acalma-nos o espírito e a mim dá-me a ilusão de conseguir ordenar o que até então era um caos. Como se desvendando os nomes de todos os minúsculos seres vivos que povoam o meu jardim me fizesse ordenar algo mais profundo que nem sei nomear.

domingo, 17 de junho de 2007

A Paina




aqui tinha mostado esta árvore a frutificar, como nunca a vi a florir não sei se é uma Paineira-Chorisia speciosa ou a famosa Mãe-da-floresta a Ceiba pentandra (L.) ou Sumaúma. Neste momento os frutos abriram e pode-se ver a Paina ou Sumaúma.

Improviso


Uma rosa depois da neve.
Não sei que fazer
de uma rosa no inverno.
Se não for para arder
ser rosa no inverno de que serve?

Eugénio de Andrade . 1999

sábado, 16 de junho de 2007

Restauro de Jardins

Tapada das Necessidades . Imagem do triploV

Se Portugal fosse, só um bocadinho, mais civilizado, a profissão de restaurador de jardins históricos teria uma enorme saída. Mas mesmo assim vale a pena acreditar que terá futuro.

Isto a propósito do restauro dos jardins medievais da Quinta das Lágrimas em Coimbra pela Arquitecta Cristina Castel-Branco. Para quem não conhece esta Senhora, foi a responsável pelos Jardins Garcia de Orta na Expo 98 e pelo Plano Director de Restauro do Jardim Botânico da Ajuda (onde foi directora).

E ainda a propósito, não consigo deixar de me lembrar da Tapada das Necessidades, um dos exemplos mais escandalosos da forma como por cá se respeitam os jardins.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Escala 2

Tipuana tipu . A florir nos Prazeres


Tipuana tipu . No Inverno - Janelas Verdes (Árvore classificada)
Serve este post para mostrar que algumas das Árvores que eu mais gosto, são mesmo muito grandes.
(e não cabem nas fotografias)

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Árvores para Lisboa

Robinia luxurians . Flores comestíveis
Lista das flores comestíveis , são mais de 600, também em relação à alimentação somos muito pouco criativos.
Mais do que criar receitas exóticas e sofisticadas, mais do que um fenómeno de moda, o aproveitamento de algumas flores e plantas comestíveis que tradicionalmente não são utilizadas na alimentação pode contribuir para acabar com a fome no mundo.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Homens que vêem as flores

Campanula rotundifolia L.
Harebell, Scotch bluebell
(em:common wild flowers de John H.)

John Hutchinson um grande Botânico com muito talento para o desenho. Resultado, um livro, publicado em 1945, encantador e (ainda) muito útil.

Caminhos

Ipomoea purpurea
O FLORIR
O florir do encontro casual
Dos que hão sempre de ficar estranhos...

O único olhar sem interesse recebido no acaso
Da estrangeira rápida ...

O olhar de interesse da criança trazida pela mão
Da mãe distraída...

As palavras de episódio trocadas
Com o viajante episódico
Na episódica viagem ...

Grandes mágoas de todas as coisas serem bocados...
Caminho sem fim...

em: Ficções do Interlúdio- Poesias de Álvaro de Campos

domingo, 10 de junho de 2007

Fel-da-terra





Erythraea centaurium

Algumas flores silvestres não são fáceis de encontrar, recordo que nunca vi uma Rosa-albardeira, ou a maioria das Orquídeas silvestres que existem em Portugal ou tantas outras flores que procuro com atenção. Desde que vi aqui esta Fel-da-terra que a tento encontrar, parece que é muito comum e a procura não previa dificuldades. O que não esperava é que esta lindinha viesse ter comigo, apareceu literalmente à porta de minha casa.

Escala 1


Serve este post para mostrar que algumas das flores que eu mais gosto, são mesmo muito pequeninas.
(e não tenho máquina para elas)

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Qual é ela ?

Actinidia deliciosa
O fruto é um bocadinho exótico mas muito comum por cá.
E a resposta é: o Kiwi

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Dois tristes Teixos

Taxus bacatta . Lisboa - Marquês de Pombal

Algumas árvores mesmo sem terem dimensões ou idades veneráveis, merecem o estatuto de árvores A VENERAR. Tratar com desprezo uma árvore a venerar, devia ser punido por lei. Uma árvore a venerar não pertence apenas às gerações de homens que as semeiam, plantam e cuidam, uma árvore a venerar é uma árvore que pertence a muitas, muitas gerações, são árvores com vidas longas, algumas chegam a viver milhares de anos e isto só é possível se os homens, pelas vidas dos quais elas generosamente passam, as venerarem verdadeiramente.

O Teixo é uma árvore a venerar, infelizmente poucos o fazem e por isso cada vez é mais raro encontrar um Teixo venerável.



No Parque Eduardo VII existem dois Teixos, provavelmente um “casal” (a espécie é dióica). Salta à vista que estes dois Teixos são árvores infelizes e desprezadas. Houve alguém que um dia, se deu ao trabalho de escolher cuidadosamente, talvez mesmo semear, um “casal” de pequenos teixos, plantou-os, cuidou deles, e partiu com a certeza de que tinha feito algo de útil para as próximas gerações. Com que direito aqueles que herdam a responsabilidade de tratar destes dois teixos os fazem infelizes.



Teixo feliz . Paris - Montmartre

No Campo


terça-feira, 5 de junho de 2007

Na cidade


segunda-feira, 4 de junho de 2007

Previsões



Para os próximos dias, céu azul, calor, muito sol e a doce purple rain

DÚ VIDAS


Será que:
Gosto tanto do campo, que não consigo viver sem a cidade.
Ou
Gosto tanto da cidade, que não consigo viver sem o campo.

sábado, 2 de junho de 2007

Borboletário no Jardim Botânico


A dança das Monarcas

Pavão diurno

Um espaço mágico, criado por gente iluminada onde podemos, parar pensar, sonhar, imaginar, aprender, rir, contemplar, brincar..... Porque afinal,


(...)
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.

Alberto Caeiro

sexta-feira, 1 de junho de 2007

E a diversidade?

Alameda com celtis australis . Lisboa

No último volume publicado (nº7 – Floresta e sociedade uma história em comum) da colecção Árvores e florestas de Portugal, um dos capítulos é dedicado às árvores de Lisboa. Com base em levantamentos feitos em 1929, 1939, 1981 e 2003 é apresentada uma lista com as 10 variedades de árvores mais utilizadas em Lisboa nas respectivas datas. Confirmei por lá um dado que há muito tinha constatado quando como é hábito ando de cabeça no ar. A grande vencedora neste top 10 das árvores de Lisboa é sem margem para dúvidas e ao longo dos 70 e tal anos a que se refere o estudo, o LÓDÃO BASTARDO (celtis australis) também conhecido em Portugal por: Agreira, Lódão, Lodoeiro, Ginjinha-de-Rei, Nicreiro, Lamigueiro, Lodo ...

É uma árvore que nunca me entusiasmou, fiz uma pesquisa rápida sobre esta espécie, esperando ver confirmadas as desconfianças que ela me suscitava, mas cheguei à conclusão que os responsáveis pelas árvores de Lisboa escolheram uma árvore para a qual dificilmente são encontrados defeitos. Este Lódão bastardo é só qualidades e cumpre à risca e com nota máxima todas as exigências que lhe são feitas na cidade. Madeira de grande qualidade, resistência à poluição e às doenças, frutos (drupas) comestíveis muito apreciados pelos pássaros, boa adaptação ao tipo de solos e clima de Lisboa, é inclusivamente, embora o seu nome possa induzir a engano, espontânea em Portugal o que politicamente falando só lhe fica bem, não tem características invasoras porque embora seja fácil de reproduzir por semente a germinação exige condições especiais, é uma árvore muito disciplinada, limpinha e bem comportada, tudo qualidades apreciadas pelos, pouco criativos, jardineiros da capital. Não é por acaso que ainda analisando este top 10 confirmo que a utilização das árvores mais indisciplinadas, mesmo quando cheias de atractivos como é o caso das Olaias é cada vez menor.

É impossível sair à rua em Lisboa sem ver um Lódão bastardo, ou mesmo uma rua ou avenida repleta de Lódãos bastardos todos muito arrumadinhos e direitinhos como convém. Perdoem-me os pobres Lódãos que não têm culpa, mas a verdade é que já nem os posso ver são enfadonhos e monótonos estes Lódãos de Lisboa. Desconfio que os Lisboetas devido ao convívio forçado com esta enorme quantidade de árvores normalizadas e sem alma começam também a ficar todos iguais, cinzentos e infelizes.