sexta-feira, 29 de dezembro de 2006


Celtis australis - Psittacula krameri
Com esta minha mania de andar sempre de cabeça no ar, já não é uma grande novidade a existência de papagaios nos jardins de Lisboa, vejo-os muitas vezes em bandos barulhentos e coloridos. Suponho que tenham escapado do cativeiro e posteriormente se tenham adaptado à vida em Liberdade nidificando, reproduzindo-se nos parques da cidade e alimentando-se de frutos das árvores tropicais que por lá abundam . Hoje encontrei um bando de cerca de dez papagaios em alegre cavaqueira em cima de um Lodão bastardo no Parque Eduardo VII, deliciavam-se com a polpa das drupas (frutos carnosos com uma semente) , lançavam as sementes para o chão onde os desajeitados pombos as esperavam. Cada vez que os papagaios cantando alegremente mudavam de árvore para lá seguiam mudos e invejosos os calões dos pombos para comer as sementes do Lodão bastardo que os papagaios generosamente devolviam à natureza.


Numa pequenissima investigação na net fique a saber que esta ave é o Periquito-rabijunco ou Papagaio-verde-de-colar (Psittacula krameri). Em nenhum lado li sobre a sua preferência alimentar pelos frutos do Lodão, mas sendo esta árvore muito comum em Lisboa pode bem ser uma das razões porque os sinpáticos periquitos por cá se dão tão bem.


quarta-feira, 27 de dezembro de 2006


Felicia amelloides

sábado, 23 de dezembro de 2006


segunda-feira, 18 de dezembro de 2006


As coisas belas,
as que deixam cicatrizes na memória dos homens,
por que motivo serão belas?
E belas para quê?
António Gedeão

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Flores do Outono


Dombeya autumnalis I.Verd.
Espero não estar a cometer um grande erro ao classificar esta pequena árvore que me surpreendeu hoje em pleno florir no parque Eduardo VII de Lisboa, nunca a tinha visto, mas a semelhança com as Dombeyas que já conhecia é evidente. Esta Dombeya, como o nome refere, tem a particularidade de florir no outono e num dia de sol como o de hoje o seu anúncio de Inverno faz-nos reviver a Primavera.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

sábado, 9 de dezembro de 2006

Ginkgo biloba
Lisboa-Jardim das amoreiras, a mãe Ginkgo ainda com todas as suas folhas.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Para ver

O Outono, em exibição num parque, bosque ou rua perto de si.

domingo, 3 de dezembro de 2006

Poema da árvore




As árvores crescem sós. E a sós florescem.

Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.

Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.

Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.

E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.

Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.

As árvores não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.

Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.

Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
a crescer e a florir sem consciência.

Virtude vegetal viver a sós
e entretanto dar flores.


António Gedeão

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Flores de museu

Herbarium vivum - Antonius Münchenberg
Este herbário é um dos mais antigos do Museu de História Natural da Suécia. As plantas que nele se veêm foram apanhadas nos anos de 1701 e 1702. Aqui o museu mostra 3658 imagens dos herbários de Lineu.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Sementes

Ginkgo biloba
Magnolia grandiflora

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Tempestade


quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Liquidambar styraciflua L.


As sementes de Lagunaria que colhi aqui começam a germinar.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Na maternidade

Sementes colhidas no Jardim da Estrela num dia de chuva à um mês atrás.
aqui tinha falado desta árvore e das suas flores comestíveis. As sementes desta árvore da família das Leguminosas também têm valores nutricionais importantes o que faz da Bauhinia uma árvore com interesse agrícula.
Quanto à germinação foi muito rápida, assim como tem sido o crescimento. Vamos ver como se dá no Inverno.

terça-feira, 21 de novembro de 2006

domingo, 19 de novembro de 2006

Jardim vertical

Há quem diga que já tudo foi inventado... Felizmente o botânico Patrick Blanc não pensou assim e inventou as paredes vegetais.
Vale a pena acreditar que ainda podemos inventar!

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Flora Portuguesa no seu habitat



Arísarum vulgare Targ.-Toz.
Arísaro, Capuz-de-frade, Candeias

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Pilritos ou Azarola


Crataegus azarolus Lin.

O género Crataegus é muito vasto, só no parque Eduardo VII em Lisboa existem pelo menos três espécies diferentes desta planta.
Também os nomes comuns em Português são imensos, Pilriteiros, Pirliteiro, Escrambulheiro, Combroeira, Espinheiro-branco, Abronceiro, Espinheiro-ordinário, Periquitos, Estrepeiro, Escalheiro,...
A pequena árvore da fotografia parece-me ser um C. azarolus, de nome comum Azarola, o fruto Azarola é muito maior que os vizinhos Pilritos e tem muitos caroços emquanto os Pilritos só têm um ou dois.
Cheguei a pensar que seria esta a famosa Acerola a rainha da vitamina C, mas não é embora seja comum a confusão e as Azarolas também sejam muito ricas nesta vitamina.

terça-feira, 7 de novembro de 2006


Para o Sr. João que dedica a sua vida a criar obras de arte como esta. E para a D. Maria que todos os dias as vai vender no mercado da Ericeira.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Nas cidades a vida é mais pequena...

...

Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.

Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos"

sábado, 4 de novembro de 2006

Solanum jasminoide
Mais uma mágica Solanácea, crescimento rápido, floração abundante, fácil de cultivar e reproduzir é uma das minhas trepadeiras preferidas, aqui outro conhecido membro da família.

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Praça da alegria. Lisboa

Chorisia speciosa

segunda-feira, 30 de outubro de 2006


Hedera canariensis willd.

sábado, 28 de outubro de 2006

Ideias com flores

How to plant a fence
Joep Verhoeven . Studio DEMAKERSVAN

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Casa Árvore







Hakea Laurina
Em todos os jardims existe uma árvore que conquista as crianças que por lá, brincam, passam, sonham... Quem não se lembra de ter tido uma árvore favorita quando era criança?
Os meus filhos têm A "casa-árvore", é (acreditava eu) uma Acácia sem grande história que cresceu de uma forma estranha e constitui um local ideal para todo o tipo de brincadeiras.
Se eu fosse fundamentalista já a tinha cortado com medo das terríveis invasões de que tanto se ouve falar, mas isso será assunto para outro post em que pretendo aqui falar das Acácias.
O que aconteceu foi que este ano pela primeira vez a "Acácia" floriu, foi uma agradável surpresa tinha flores enormes (para Acácia) e surpreendentemente divertidas, cheguei a pensar se seriam influência de tanta brincadeira da pequenada. Fotografei e comecei a procurar um nome mais específico ainda do que Acácia ou Casa-Árvore, foi aí que tive outra surpresa. Existem mais de seiscentas espécies de Acácias e não havia maneira de encontrar alguma com flores semelhantes à minha.
Lembrava-me vagamente de ter visto algo semelhante aqui e mandei um SOS o resultado é como se pode ver, o mundo é pequeno e foram mesmo os meus amigos de sempre que resolveram o problema, não era uma Acácia afinal, mas a verdade é que a casa-árvore está mais bonita do que nunca.

domingo, 22 de outubro de 2006

Árvores que contam histórias #2


O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)

Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...


Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...

Alberto Caeiro

O guardador de rebanhos

sábado, 21 de outubro de 2006


Panicum repens L.
Nome comum: Escalracho, Galracho, Alcarnache, Rengro, Gramão.

sábado, 14 de outubro de 2006


Chorisia speciosa

Já referi aqui que as Paineiras de Lisboa estão a florir, como são muitas aqui fica a referência de alguns lugares onde podem ser vistas.
Jardim Botânico da Faculdade de Ciências de Lisboa
Aqui e na praça da alegria estão as maiores de todas, são exemplares magníficos e penso que as primeiras que existiram em Lisboa.
Jardim do Príncipe real
Praça das flores
Praça da Alegria
Jardim da Estrela
Jardim das Amoreiras
Campo dos Mártires da Pátria
Marquês de Pombal
Parque Eduardo VII (pavilhão Rosa Mota)
Jardim do Ultramar
Entrada principal do Centro Cultural de Belém
Av. Da Índia
Jardim Botânico da Ajuda
Campo das Cebolas

Este Jardim é mais antigo que o da Fac de Ciências, no entanto a paineira lá existente é mais jovem.

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

SEMENTES #1

Lagunaria patersonii
A árvore pica pica está a frutificar, vou retirar as sementes do interior dos frutos com algum cuidado porque estes estão cheios de pequenos pelos urticantes que justificam os nomes comuns, cow itch tree ou árvore pica pica. São vendidos no carnaval em saquinhos, os chamados pozinhos de comichão.

quinta-feira, 12 de outubro de 2006


A florir antes de dormir.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

O PIMENTO DE WESTON no ultraperiférico, ou como:
"Uma natureza morta pode satisfazer o espírito; alguns frutos num prato podem evocar todas as harmonias possíveis do Huniverso, os seus ritmos, as suas luzes, os seus acordes coloridos, da mesma maneira do que a música"
Charles Sterling

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Ouro sobre o cedro azul


Cedrus atlantica glauca

sábado, 30 de setembro de 2006

Mágicas

Brugmansia . Solanaceae

A família botânica das Solanáceas é fascinante, dela fazem parte espécies tão conhecidas e inocentes como as batatas, os tomates, as beringelas e o menos inocente tabaco, também conhecido em Portugal por erva-santa ou erva-de-todos-os-males (nicotiana spp).

Pertencem ainda a esta família uma série de plantas profundamente ligadas ao mundo do fantástico e a ritos e actividades mágico-religiosas, são plantas com substâncias alucinogénicas (e não só) que podem matar, mas simultaneamente com extraordinárias capacidades terapêuticas. Uma destas plantas é a Mandrágora, espontânea em algumas regiões do centro e sul de Portugal, cuja raiz se dizia ter uma forma humana e ao ser arrancada da terra dava um grito tão horrível que matava quem o ouvia, dizia-se ainda desta fantástica planta que quem a ingeria, morria no primeiro dia e ressuscitava no dia seguinte, foi esta a droga que Julieta tomou para fingir a sua morte. 

O género Datura ou Brugmansia povoa também inúmeras lendas, mitos e inspiram respeito e medo a quem não conhece os seus segredos, porque da mesma maneira que as suas poderosas substâncias podem curar também matam quem as utilizar indevidamente.

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Frágil


Lagerstroemia indica
Apesar de estar neste momento em mais um florir (esta árvore chega a florir três vezes por ano) é esta a fotografia dela que mais me agrada, gosto particularmente do seu perfil frágil. Aqui numa das minhas fotografias favoritas podem ver as Lagerstroemias como deve ser. E aqui as Lagerestroémias dos Jardins da Casa de Mateus.

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Surpresas


Chorisia speciosa (Bombaceae) Lisboa Parque E.VII

Primeiro dia de chuva na cidade, greve do metro e início do ano lectivo... Uma manhã para esquecer....Se não fosse a surpresa de encontrar a primeira Chorisia em flor.

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Lirios de Sangue (Ano II)



Haemanthus coccineus L. (Amaryllidaceae)
Do grego haima (sangue), anthos (flor).

Estas flores originárias da África do sul, são ideais para terrenos áridos, este ano fiz a experiência de não as regar durante todo o verão e cá estão elas como sempre.