sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Manhãs brumosas

Em Lisboa, onde tudo está por fazer, há uma urgência inexplicável na limpeza das folhas caídas. 
Numa cidade onde não há flores, as fontes secaram, as árvores abatidas não são substituídas e as plantas doentes não são tratadas, os funcionários da câmara saem para a rua de madrugada e, munidos de potentes (e sonoros) aspiradores ou sinistros sopradores, roubam-nos zelosamente o Outono.

Sem comentários: