quarta-feira, 30 de junho de 2010

Até breve


terça-feira, 29 de junho de 2010

On Living

Living is no laughing matter :
you must live with great seriousness 
like a squirrel, for example -
I mean without looking for something beyond and above living,
I mean living must be your whole occupation.

Living is no laughing matter :
you must take it seriously, 
so much so and to such a degree
that, for example, your hands tied behind your back, 
your back to the wall,
or else in a laboratory,
in your white coat and safety glasses,
you can die for people -
even for people whose faces you have never seen,
even though you know living
is the most real, the most beautiful thing.

I mean, you must take living so seriously
that even at seventy, for example, you'll plant olive trees -
and not for your children, either
but because although you fear death you don't believe it,
because living, I mean, weighs heavier. 

Nâzim Hikmet Ran (1902-1963) 

domingo, 27 de junho de 2010

Abóbora

menina

Há dias assim...


sexta-feira, 25 de junho de 2010

Os Jardins Românticos




Romanticism gave primacy to the imagination, to the senses, to intuition and inspiration, putting a premium on the spectacular, the mysterious, the dramatic. Above all, its emphasis was faith in the self, in the individual. As a movement, Romanticism has been minutely examined in the genres of music, literature, and art. But in this comprehensive survey, we see its development in that most transient manifestation of human effort: the garden.

Romantic gardens were a source of sensory delight, moral instruction, spiritual insight, and artistic inspiration. Here nature stimulated reverie and sentiment. Rustic structures, inscribed monuments, sweeping vistas, and naturalistic lakes and cascades were elements in an ever-changing panorama. Nature, and by extension, gardens were expected to stir the imagination, to clear the mind, to relieve the soul of its burdens, to provide both solace and salvation.


Do texto de apresentação da exposição . Romantic Gardens: Nature, Art, and Landscape Design

I have changed my sky...

Matthias Heiderich . Color Berlin

 aqui


I have changed my sky without changing my mind. I resume these old notes in a new world. I hardly know of what use they are; but it’s easier to stick to the habit than to drop it. 


Mudei de ares sem mudar de ideias. Retomo estas velhas notas num mundo novo. Não sei que préstimo poderão ter, mas é mais fácil manter um hábito do que pôr-lhe fim.

É com estas palavras que Henry James começa um dos seus contos (A Light Man. 1869). Eu transcrevo-as, porque não me saem da cabeça, na altura em que este blog completa o seu quinto ano de existência.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Toca a assinar

Foto de A. Lourenço, publicada no Cidadania Lisboa em 1 de Junho.

Os utentes e comerciantes do Príncipe real estão desiludidos com o pavimento que foi colocado no Jardim, -  como eu os compreendo, depois das obras, fui lá uma vez e não tenho vontade de voltar tão cedo - diz quem sabe, que aquela coisa faz um pó desgraçado, com todos as consequências desagradáveis de que o pó desgraçado é capaz.

Foi feita uma "Petição à Câmara Municipal de Lisboa para correcção do Pavimento e outras deficiências no Jardim França Borges / Jardim do Príncipe Real" que está no quiosque do Sr. Oliveira (ali mesmo à beira do Jardim onde outrora havia umas árvores já grandinhas e agora há uns lódãos pequenitos que para além de bastardos estão moribundos) e deverá ser assinada por todos os que desejarem solidarizar-se com ela e com os principais prejudicados com a situação (aqueles que frequentam diariamente ou trabalham no Jardim). Eu amanhã abro uma excepção e vou até lá assinar, não me posso é esquecer da máscara.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Solstício

"Ó Sol, não te vás embora"

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Coisas tristes...

Os lódãos bastardos que foram plantados para substituir estes e acompanhar este estão todos mortos. Calculo que nos dias que correm, ser jardineiro na câmara de Lisboa deve ser uma profissão, no mínimo, frustrante para quem ainda a levar a sério.
Não há fotografias porque eu não gosto de fotografar coisas tristes e gostos não se discutem.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Flores que devem ter dado um trabalhão a inventar

Nigella damascena

Se considerarmos todas as formas, em particular as orgânicas, descobrimos que não existe nenhuma coisa subsistente, nenhuma coisa parada, nenhuma coisa acabada, antes que tudo oscila num movimento incessante. (...)
O que está formado transforma-se de novo imediatamente e nós temos, se quisermos de algum modo chegar à intuição viva da Natureza, de nos mantermos tão móveis e plásticos como o exemplo que ela nos propõe.

Goethe . exerto de um texto em torno de  "A Metamorfose das Plantas"

sábado, 12 de junho de 2010

Manjerico

Ocimum minimum L.

Para regar e pôr ao luar.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Uma Araucária feliz

Araucaria heterophylla . Em Monserrate

Ver árvores

É em Monserrate

segunda-feira, 7 de junho de 2010

No campo


Cirsium ? 

Uma alegria que não procura palavras


Em meados de Junho os jacarandás de Lisboa estão em flor, a sua luz fende a pupila, acaricia o dorso da sombra. É então que – sei lá se pela última vez – a inocência volta a entrar na minha vida. Olhos, mãos, alma, tudo é novo – recomeço a prodigalizar alegria, uma alegria que não procura palavras porque o seu reino não é o da expressão. Digamos que esta nova experiência, a que não quero dar nome, não se preocupa em interrogar, talvez por já não ser tempo de dúvidas, ou então por não lhe dizerem respeito essas verdades últimas, cegas como facas.


Eugénio de Andrade . "Vertentes do Olhar" (1987)


sexta-feira, 4 de junho de 2010

Bolas!





Encheram-me o parque Eduardo VII de bolas, barracas de farturas, quiosques, fotografias do Tony Carreira, galos de Barcelos, publicidade e mais publicidade. Amanhã vão encher aquilo de gente, que - ao que parece - vai fazer um mega pic-nic e venerar um supermercado que patrocina a selecção e também o Tony Carreira. Caramba! Tinham mesmo de vir fazer esta palhaçada para um jardim? Não podiam fazer a coisa num estádio de futebol?

Bolas!


quarta-feira, 2 de junho de 2010

E ainda...

Jacaranda mimosifolia

Magnólia

Magnolia grandiflora


As Árvores

As folhas rebentam nas árvores
Como algo que quase se diz;
Os novos botões espreguiçam-se,
O verde é uma forma de mágoa.

Será que renascem, e nós
A envelhecer? Não, também morrem.
O truque que as faz parecer novas
Está escrito no grão dos anéis.

Porém os castelos inquietos
Adensam e crescem com o Maio.
Dizem: "passou, morreu o ano —
Recomecem, recomecem..."



Philip Larkin
(de High windows / Janelas altas, tradução de Rui Carvalho Homem, edições Cotovia, 2004)
Daqui

terça-feira, 1 de junho de 2010

Em flor...




(...)
And you can Send me dead flowers every morning
Send me dead flowers by the mail
Send me dead flowers to my wedding
And I won't forget to put roses on your grave