quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Um refúgio contra as tempestades




(...) "Como deixamos de amar alguém? Deve haver um aviso, um sinal que fica a marcar tenuamente uma página de um livro, uma parede da casa, uma data às vezes, o céu de uma manhã de Inverno. Deve ser no Inverno que mais vezes deixamos de amar seja o que for, porque o Inverno é o tempo da casa partilhada e uma casa só muito dificilmente se partilha. Uma casa é o último reduto do animal em perigo, um refúgio contra as tempestades - e as tempestades são todos os que vivem à nossa volta."

Francisco José Viegas . "Um Céu demasiado Azul"

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